Perguntam-me não raras vezes:
- "Qual o livro de José Saramago que mais gostaste de ler?"
A resposta que pode ser dada a cada momento:
- "Impossível de dizer... não sei responder, não seria justo para com outros (livros) não nomeados. Mas uma coisa sempre soube. Uma obra de Saramago, enquanto "pseudo ser vivo" ou com "gente dentro" tem que me raptar, prender-me, não me deixar sair de dentro das suas páginas. Fazer de mim um refém, e só me libertar no final da leitura... mesmo ao chegar à última página. Aí, o "Eu" leitor que se mantém refém, liberta-se da "gente que a obra transporta dentro" e segue o seu caminho.
Mas segue um caminho que se faz caminhando, conjuntamente com mais uma família"

Rui Santos

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Sistema Planetário de Betelguese presente em «O Ano de 1993»


Sistema planetário de Betelgeuse vem mencionado de forma discreta, no livro poema "O Ano de 1993", e dado o enquadramento da menção, levou-me a tentar perceber onde se situa, como se descreve ou perceber uma pista para tão imprevista alusão.

"(...) Em vão recordava as letras em vão as desenhava ele próprio na memória
Eram riscos cegos na escuridão desenhos de Marte Mercúrio ou Plutão ou ainda a escrita do sistema planetário da Betelgeuse (...)"

O Ano de 1993
3.ª Edição 
Caminho

Via Fundação José Saramago

Editado pela primeira vez em 1975, a reedição da Caminho, vinte e dois anos depois, vem acompanhada pelos desenhos do pintor Rogério Ribeiro. São pequenas histórias a formarem uma só. Una e intacta. Poesia a lançar já pontes para a ficção. Sem rima, fraseada, falando do futuro da própria escrita do autor. Poemas de alerta, mas de esperança, também, apesar do desespero que reside no seu fundo ainda lírico e iniciático. "O interrogatório do homem que saiu de casa depois da hora de recolher começou há quinze dias e ainda não acabou / Os inquiridores fazem uma pergunta em cada sessenta minutos vinte e quatro por dia e exigem cinquenta e nove respostas diferentes para cada uma / É um método novo / Acreditam que é impossível não estar a resposta verdadeira entre as cinquenta e nove que foram dadas / E contam com a perspicácia do ordenador para descobrir qual delas seja e a sua ligação com as outras / (...) / O homem que saiu de casa depois da hora de recolher não dirá porque saiu / E os inquiridores não sabem que a verdade está na sexagésima resposta / Entretanto a tortura continua até que o médico declare / Não vale a pena."


Via WikiPédia 

Alpha Orionis (α Orionis) conhecida como Betelgeuse é uma estrela de brilho variável sendo a 10ª ou 12ª estrela mais brilhante no firmamento. É também a segunda estrela mais brilhante na constelação de Orion. Apesar de ter a designação α ("alpha") na Classificação de Bayer, ela não é mais brilhante que Rigel (β Orionis).

Betelgeuse é na verdade mais brilhante do que Rigel no comprimento de onda infravermelho, mas não nos comprimentos de onda visíveis.

Betelgeuse é uma estrela supergigante vermelha, e uma das maiores estrelas conhecidas, sendo de grande interesse para a astronomia. O diâmetro angular de Betelgeuse foi medido pela primeira vez em 1920-1921 por Michelson e Pease, sendo uma das cinco primeiras a serem medidas usando um interferómetro no telescópio de 100 polegadas do Monte Wilson. O seu diâmetro varia entre 500 e 900 vezes o do Sol. No diâmetro máximo, a estrela seria maior que a órbita de Saturno se colocada no lugar do Sol. Apesar de ser apenas 14 vezes mais massiva que o Sol, é cerca de algumas centenas de milhões de vezes maior em volume, como uma bola de futebol comparada a um grande estádio de futebol. A sua proximidade à Terra e o seu enorme tamanho fazem dela a estrela com o terceiro maior diâmetro angular vista da Terra [1], menor apenas que o Sol e R Doradus. É uma das 12 estrelas em que os telescópios atuais podem visualizar o seu disco real.

Supernova[editar | editar código-fonte]
Os astrónomos prevêem que Betelgeuse pode passar por uma supernova tipo II. No entanto, as opiniões estão divididas quanto ao momento em que isto deve ocorrer. Alguns sugerem que a variabilidade actual como um sinal de que já está na fase de queima de carbono do seu ciclo de vida, e deve sofrer uma explosão supernova aproximadamente nos próximos mil anos. Cépticos discordam com esse ponto de vista e afirmam que a estrela deve sobreviver muito mais tempo.

Há consenso de que tal supernova seria um evento astronómico espectacular, mas não seria uma ameaça para a vida na Terra, dada a enorme distância a que se encontra. Mas a estrela vai tornar-se pelo menos 10000 vezes mais brilhante, o que significa um brilho equivalente ao de uma Lua crescente. Entretanto alguns crêem que ela pode chegar ao brilho de uma Lua cheia (mv = -12.5). Esse fenómeno deve durar por alguns meses, parecendo uma pequena Lua cheia com a cor de uma lâmpada incandescente à noite e facilmente visível durante o dia. Após esse período a estrela vai apagar-se gradualmente até que após alguns meses ou anos desapareça complectamente e Orion perca o ombro direito.